Índio Goytacá
Índio Goytacá era alto e bravo, dizem
historiadoras de Campos, RJ
Mês do índio faz relembrar cultura de
primeiros habitantes de
Campos.
Mais de cinco toneladas de material foram recolhidas
de sítio arqueológico.
Cabeludo, alto
e bravo. Essas são as principais características do índio Goytacá. E no mês em
que é comemorado o Dia do Índio, historiadores relembram aquele que foi o
primeiro a povoar a região onde hoje fica Campos dos Goytacazese que serviu de
inspiração para o nome da cidade, no Norte Fluminense. Cerca de 1,5 mil anos
depois, a região ainda guarda sua herança, mas ainda falta saber mais sobre
suas características e hábitos.
“Precisamos
estudar mais o índio Goytacá, mas o que já sabemos é que ele era muito arredio
e briguento. Tinha uma estatura mais alta que os outros índios e a pele mais
clara. Ele gostava muito de nadar no rio Paraíba e em outras áreas alagadas da
região. O cabelo do índio era muito comprido na parte de trás e ele tinha a
cabeça raspada na parte da frente. Outro traço marcante é que ele não usava
nenhuma espécie de tanga, só usava pintura pelo corpo”, disse a historiadora
Sílvia Paes.
Segundo a historiadora
e diretora do Museu de Campos, Graziela Escocard, as características e a
braveza do índio assustaram os colonizadores europeus que vieram para a região.
“Logo no
primeiro contato, os colonizadores ficaram com medo porque o Goytacá era muito
grande e bravo e não aceitava ser domesticado. Tanto que após esse primeiro
encontro, os colonizadores foram embora e voltaram na segunda vez já para
exterminar os índios. O que aconteceu em Campos foi uma chacina e uma das
maneiras do homem branco contaminar o índio foi com roupas infectadas. Os
poucos que sobraram fugiram ou foram domesticados”, contou Graziela.
Cultura do índio Goytacá
A cultura do índio Goytacá começou a ser mais
conhecida após as décadas de 60, 80 e 90, quando foi descoberto em Campos um
sítio arqueológico com ossadas e cerâmicas dos índios. O sítio arqueológico do
Caju fica próximo de onde atualmente funciona o cemitério do Caju, descoberto
durante uma obra da prefeitura. De acordo com a diretora do Museu Histórico de
Campos, Graziela Escocard, cinco toneladas de material foram retiradas da
região.
“ Onde hoje é o
cemitério do Caju, antes havia um lago e os índios tinham o hábito de enterrar
os mortos em urnas em volta de lagoas, por isso foi encontrado tanto material
nas proximidades do cemitério. Na região foram encontradas várias ossadas e
cerâmicas dos índios goytacá. O material foi levado para o Rio de Janeiro, porque
na época a cidade não tinha um local adequado para guardar. Agora com o museu,
estamos buscando meios para trazer essa herança dos índios de volta para a
cidade”, concluiu a diretora do Museu.
fonte: http://g1.globo.com/rj/norte-fluminense/noticia/2013/04/indio-goytaca-era-alto-e-bravo-dizem-historiadoras-de-campos-rj.html
A cultura do índio Goytacá começou a ser mais conhecida após as décadas de 60, 80 e 90, quando foi descoberto em Campos um sítio arqueológico com ossadas e cerâmicas dos índios. O sítio arqueológico do Caju fica próximo de onde atualmente funciona o cemitério do Caju, descoberto durante uma obra da prefeitura. De acordo com a diretora do Museu Histórico de Campos, Graziela Escocard, cinco toneladas de material foram retiradas da região.
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